Caso dos Correios: como uma empresa estatal reagiu às fraudes e suspeitas de corrupção

9 de dezembro de 2011

vice-presidente da Área Jurídica da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Jefferson Carús Guedes
vice-presidente da Área Jurídica da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Jefferson Carús Guedes

De que forma as empresas estatais podem combater as fraudes? O vice-presidente da Área Jurídica da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Jefferson Carús Guedes, apresentou, dentro do VII Fórum Brasileiro de Combate à Corrupção na Administração Pública, palestra sobre o caso dos Correios.

Considerada atualmente a segunda instituição que desperta maior confiança da população brasileira – a primeira são os Bombeiros – os Correios detém a maior rede de logística do Brasil, com 14 linhas aéreas e enorme capacidade de carga e transporte. Cerca de 50 milhões de domicílios são atendidos e os Correios, que contam com expectativa positiva de crescimento e faturamento, têm uma participação média no PIB brasileiro de 1%

Caso Correios

Em 2005, a revista Veja levantou o Caso Correios, que mostrava uma série de ações internas denunciadas como incorretas, incluindo fraude a licitações e desvio de dinheiro público. O caso originou a criação da CPMI dos Correios, investigação da Política Federal, do Ministério Público Federal e apurações pela Controladoria Geral da União e da Justiça Federal.

O resultado foi a criação de uma série de sistemas internos de apuração disciplinar, aumento do rigor nas contratações e compras, punições aos atos considerados ilícitos, demissões e o exercício mais próximo com entidades de controle e os Ministérios Público e do Trabalho.

As ações, segundo Jefferson Carús Guedes, acertaram a rota de crescimento da empresa e permitiram a aplicação correta dos recursos e investimentos na melhoria da infraestrutura dos Correios. Com os ajustes, a empresa tem hoje como objetivos a ampliação de novos negócios, a melhoraria do Correio Digital, a modernização das relações com as pessoas, a manutenção da credibiliade, e a ampliação das responsabilidades social e ambiental.

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